"Não podemos pensar num nascimento absoluto do tempo. Podemos falar do tempo do nosso nascimento, do da fundação de Roma, ou do do aparecimento dos mamíferos, e mesmo do do nascimento do universo. Mas a questão de saber - quando começou o tempo - escapa às possibilidades da nossa linguagem e da nossa imaginação. Não podemos pensar na origem do tempo, mas apenas nas - explosões entrópicas - que o pressupõem e que são criadoras de novas temporalidades, produtoras de novas existências caracterizadas por tempo qualitativamente novos. O tempo - absoluto -, que precede toda a existência e todo o pensamento, situa-nos portanto nesse lugar enigmático, que assombra a tradição filosófica, entre o tempo e a eternidade." Prigogine, Ilya/Stengers, Isabelle, Entre o Tempo e a Eternidade. Editora Gradiva, Pg 203, 1ªEd. 1990.
A Persistência da Memória, Salvador Dali
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