"As estruturas de equilíbrio resultam da compensação estatística da atividade da multidão de constituintes elementares. Elas são, portanto, desprovidas de atividade macroscópica, inerentes a nível global. Num sentido, elas são igualmente imortais, uma vez formadas, podem ser isoladas e manter-se indefinidamente, sem ter mais necessidade de qualquer intercâmbio com o meio. Ora, quer examinemos uma célula ou uma cidade, a mesma constatação se impõe: não somente esses sistemas são abertos, como vivem de sua abertura, alimentam-se do fluxo de matéria e de energia que lhes vem do mundo exterior. Está concluído que uma cidade, ou uma célula viva, evolua para uma compensação mútua, um equilíbrio, entre os fluxos que entrame saem. Se assim o decidirmos, podemos isolar um cristal, mas a cidade e a célula, separadas do seu meio, morrem rapidamente, pois são parte integrante do mundo que as nutre, constituem uma espécie de encarnação, local e singular, dos fluxos que elas não cessam de transformar."
PRIGOGINE, Ilya, STENGERS, Isabella. A Nova aliança:
a metamorfose da ciência, 1ª ed. brasília: editora unb, 1984, p 101.
Nenhum comentário:
Postar um comentário