"Mas as leis da natureza são o resultado da evolução, esta evolução deve proceder de acordo com algum princípio; e este princípio será ele mesmo da natureza da lei. Mas deve ser uma lei que pode evoluir ou se desenvolver... O problema era imaginar uma espécie de lei ou tendência que teria, assim, uma tendência a se fortalecer. Evidentemente deve ser uma tendência à generalização - uma tendência generalizante. (...) Onde devemos buscá-la? Não poderíamos encontrá-la em fenômenos como a gravitação em que a evolução já se aproximou tanto de seu limite último que nem mesmo algo que simulasse a irregularidade pode ser encontrado nela. Mas devemos buscar esta tendência generalizante naqueles departamentos da natureza em que a plasticidade e a evolução estão ainda funcionando. A mais plástica de todas as coisas é a mente humana, e depois dela vem o mundo orgânico, o mundo do protoplasma. Ora, a tendência generalizante é a grande lei da mente, a lei da associação, a lei de adquirir hábitos. Também encontramos em todos os protoplasmas a tendência a adquirir hábitos. Assim sendo, fui levado à hipótese de que as leis do universo foram formadas sob tendência universal de todas as coisas para a generalização e aquisição de hábitos. (...) está claro que nada a não ser o princípio do hábito, ele mesmo devido ao crescimento pelo hábito de uma tendência infinitesimal do acaso em direção à aquisição de hábitos, é a única ponte que pode ligar o abismo entre o acaso do caos e o cosmo da ordem." C. S. PEIRCE
SANTAELLA, Lucia. O Método Anticartesiano de C. S. Peirce, Editora Unesp: São Paulo, 2004, p. 248.
SANTAELLA, Lucia. O Método Anticartesiano de C. S. Peirce, Editora Unesp: São Paulo, 2004, p. 248.
Olá!
ResponderExcluirInteressante o fragmento! Me fez lembrar Sheldrake e sua crítica a leis da natureza estáticas em:
http://youtu.be/JKHUaNAxsTg
Valeu!
Ricardo
Muito bom o debate dele. Incorporarei o vídeo aqui na página
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