M. C. ESCHER

terça-feira, 8 de novembro de 2016

ESTRUTURAS DE EQUILÍBRIO

“As estruturas de equilíbrio resultam da compensação estatística da atividade da multidão de constituintes elementares. Elas são, portanto, desprovidas de atividade macroscópica, inertes a nível global. Num sentido, elas são igualmente imortais; uma vez formadas, podem ser isoladas e manter-se indefinidamente, sem ter mais necessidade de qualquer intercâmbio com o meio. Ora, quer examinemos uma célula ou uma cidade, a mesma constatação se impõe: não somente esses sistemas são abertos, como vivem de sua abertura, alimentam-se do fluxo de matéria e de energia que lhes vem do mundo exterior. Está excluído que uma cidade, ou uma célula viva, evolua para uma compensação mútua, um equilíbrio, entre os fluxos que entram e saem. Se assim o decidirmos, podemos isolar um cristal; mas a cidade e a célula, separadas do seu meio, morrem rapidamente, pois são partes integrantes do mundo que as nutre, constituem uma espécie de encarnação, local e singular, dos fluxos que elas não cessam de transformar. (...)” Ilya Prigogine e Isabelle Stengers

PRIGOGINE, Ilya. STENGERS, Isabelle. A nova aliança: a metamorfose da ciência. 1ª Ed. Brasília: editora unb, 1984, p. 101 e 102.




Ilustração de Abel M'Vada

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