VIEIRA, Jorge de Albuquerque, Ilya Prigogine: entre o tempo
e a eternidade, Revista do Programa de Pós-Graduação em Comunicação e
Semiótica, nº 6, p. 291-298, 2003.
"A ciência é obra humana, e não um destino implacável - uma obra que não pára de inventar o sentido da dupla imposição que provoca e que a fecunda, a herança da sua tradição e o mundo que ela interroga" ILYA PRIGOGINE
sexta-feira, 25 de novembro de 2016
Ilya Prigogine: entre o tempo e a eternidade
sexta-feira, 18 de novembro de 2016
A FLECHA DO TEMPO DA TERMODINÂMICA
Diálogo com a Natureza, Entropia e Irreversibilidade
"O leitmotiv daqueles que negaram a seta do tempo é que, se ela existisse, não poderíamos compreender porque é que todas as leis físicas fundamentais se juntam para a negar. Esta conspiração das nossas teorias fundamentais por forma a esconder-nos a seta do tempo seria ou um milagre, ou um acidente de probabilidade ínfima se o tempo tivesse realmente uma seta. Não houve nem conspiração, nem milagre. As leis da física não são descrições neutras, mas resultam do nosso diálogo com a natureza, das perguntas que lhe fazemos. Resta ver se, ao incorporar novas perguntas nesse diálogo, poderemos fazer prevalecer a seta do tempo nos dois edifícios conceituais mais audaciosos que os homens alguma vez criaram, a física quântica e a relatividade". Ilya Prigogine
PRIGOGINE, Ilya. STENGERS, Isabelle. Entre o Tempo e a Eternidade, 1. ed. Lisboa: Gradiva, 1990, p. 147.

As Estruturas Dissipativas: possíveis contribuições para o ensino de ciências a partir do pensamento de Ilya Prigogine.
RESUMO
Este artigo trata das teorias de Ilya Prigogine e as contribuições destas para o Ensino de
Ciências. Prigogine foi autor da teoria das estruturas dissipativas e realizou várias pesquisas
sobre o tempo e leis do caos e da natureza. A discussão destes conceitos proporcionou uma
compreensão mais adequada de inúmeros conceitos físicos e químicos que foram essenciais
na elaboração do cenário que deu origem a uma metamorfose da ciência. Esse cenário
favorece o Ensino de Ciências à medida que contribui para a inovação de conceitos da física,
química e matemática que já encontraram seus limites, mas, sobretudo pela incorporação da
reflexão do papel da ciência e da relação que o homem estabelece com a natureza,
reafirmando o caráter evolutivo e incerto desta. Com a discussão da flecha do tempo,
Prigogine traz ao campo científico conceitos essenciais para a nova ciência, a irreversibilidade
e o indeterminismo, obrigando a ciência clássica a rever suas concepções do tempo.
Palavras Chaves: Prigogine, Estruturas Dissipativas, Caos, Tempo, Ensino de Ciências
COSTA, M., CUNHA, L., GHEDIN, E. As Estruturas Dissipativas: possíveis contribuições para o ensino de ciências a partir do pensamento de Ilya Prigogine. VII Enpec, 2009.
☭ TEXTO COMPLETO EM PDF ☭ As Estruturas Dissipativas: possíveis contribuições para o ensino de ciências a partir do pensamento de Ilya Prigogine.
Ilya Prigogine: uma contribuição à filosofia da ciência
RESUMO
Este trabalho tem o objetivo de trazer para o debate epistemológico algumas das principais ideias filosóficas
de Ilya Prigogine enquanto cientista e um pequeno resumo de suas teorias científicas enquanto filósofo. Queremos
crer que ele próprio, um eminente físico-químico ganhador do Prêmio Nobel de Química em 1977, não se dizia
filósofo da ciência. Mas sua inovadora interpretação do tempo, do caos e da instabilidade, fontes de desordem e
também de ordem, nos proporciona uma excursão por uma ciência em evolução, nas palavras de Prigogine, e não
deixa dúvidas de suas profundas contribuições para uma renovada visão de inter-relação entre ciência e filosofia.
As ideias aqui sumarizadas, no entanto, não devem ser tomadas como generalizações indevidas, pois as pesquisas
nessa área ainda estão em curso, mas tão somente como uma instigante contribuição às visões epistemológicas
contemporâneas.
Palavras-chave: filosofia da ciência, Prigogine, paradoxo do tempo.
MASSONI, N. T. Ilya Prigogine: uma contribuição à Filosofia da Ciência. Revista Brasileira de Ensino de Física, v. 30, nº 2, p. 52-64, 2008.
☭ TEXTO COMPLETO EM PDF ☭ Ilya Prigogine: uma contribuição à filosofia da ciência.
RESUMO
Este trabalho tem o objetivo de trazer para o debate epistemológico algumas das principais ideias filosóficas
de Ilya Prigogine enquanto cientista e um pequeno resumo de suas teorias científicas enquanto filósofo. Queremos
crer que ele próprio, um eminente físico-químico ganhador do Prêmio Nobel de Química em 1977, não se dizia
filósofo da ciência. Mas sua inovadora interpretação do tempo, do caos e da instabilidade, fontes de desordem e
também de ordem, nos proporciona uma excursão por uma ciência em evolução, nas palavras de Prigogine, e não
deixa dúvidas de suas profundas contribuições para uma renovada visão de inter-relação entre ciência e filosofia.
As ideias aqui sumarizadas, no entanto, não devem ser tomadas como generalizações indevidas, pois as pesquisas
nessa área ainda estão em curso, mas tão somente como uma instigante contribuição às visões epistemológicas
contemporâneas.
Palavras-chave: filosofia da ciência, Prigogine, paradoxo do tempo.
MASSONI, N. T. Ilya Prigogine: uma contribuição à Filosofia da Ciência. Revista Brasileira de Ensino de Física, v. 30, nº 2, p. 52-64, 2008.
quinta-feira, 17 de novembro de 2016
963 Hz Frequência Sonora de Vibração em um Fluido

Specific frequencies of sound and vibration in Cymatics create a vorticular action in matter and therefore the very structure of spacetime itself as all matter is made of atoms which themselves are tiny oscilations in the structure of the vacuum...
Video by Simon Wieland Art
Text by Jamie Janover
sexta-feira, 11 de novembro de 2016
CONJUNTO DE CANTOR
"Tomemos um segmento com um comprimento 1. Divide-se em três partes iguais e suprime-se a parte central. Recomecemos a mesma operação: dividimos por três cada um dos dois segmentos restantes e suprimimos a parte central. O algoritmo pode repetir-se um número indefinido de vezes e termina na construção de um conjunto infinito e não enumerável de pontos desconexos, isto é, não ligados uns aos outros. (...) Após a primeira operação são evidentemente necessários dois segmentos com um comprimento de 1/3 para cobrir o ser geométrico criado. Após a segunda são necessárias quatro, com um comprimento 1/9. Após a terceira, oito, de comprimento 1/27. Após várias operações, o número N de segmentos necessários é igual a (2^n) e o comprimento u desses segmentos é igual a (1/3^n). Por conseguinte, a dimensão d do conjunto de Cantor é definida, quando n tende para o infinito e u para zero, pela relação (2^n) = (3^n)^d; onde d = log 2/log 3, isto é, mais ou menos 0,65. Portanto, a este conjunto corresponde uma dimensão fracionária compreendida entro 0, a dimensão do ponto, e 1, a dimensão da linha." Ilya Prigogine
PRIGOGINE, Ilya. STENGERS, Isabelle. Entre o Tempo e a Eternidade, 1. ed. Lisboa: Gradiva, 1990, p 92.

quinta-feira, 10 de novembro de 2016
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
"Um professor de história ou de matemática; de ciências ou estudos sociais, de comunicação e expressão ou de literatura brasileira etc., tem cada um, uma contribuição específica a dar em vista da democratização da sociedade brasileira, do atendimento aos interesses das camadas populares, da transformação estrutural da sociedade. Tal transformação se consubstancia na instrumentalização, isto é, nas ferramentas de caráter histórico, matemático, científico, literário etc., que o professor seja capaz de colocar de posse dos alunos. Ora, em meu modo de entender, tal contribuição será tanto mais eficaz quanto mais o professor seja capaz de compreender os vínculos da sua prática com a prática social global. Assim, a instrumentalização se desenvolverá como decorrência da problematização da prática social atingindo o momento catártico que concorrerá a nível da especificidade da matemática, da literatura etc., para alterar qualitativamente a prática de seus alunos enquanto agentes sociais. Insisto neste ponto porque via de regra tem-se a tendência a se desvincular os conteúdos específicos de cada disciplina das finalidades sociais mais amplas. Então, ou se pensa que os conteúdos valem por si mesmo sem necessidade de referi-los à prática social em que se inserem, ou se acredita que os conteúdos específicos não têm importância colocando-se todo o peso na luta política mais ampla. Com isso se dissolve a especificidade da contribuição pedagógica anulando-se, em consequência, a sua importância política." Dermeval Saviani
SAVIANI, Dermeval. Escola e Democracia. 15ª ed. São Paulo: Cortez Editora, 1987, p. 83.
Um novo diálogo com a natureza: Prigogine e Stengers e suas contribuições para um repensar na educação
RESUMO
No decorrer do século XX, as investigações cientificas têm demonstrado novas visões sobre a natureza, que surgem num contexto caracterizado pelos crescentes questionamentos sobre os saberes humanos. Leis antes consideradas algo absoluto, imutável, afastado da realidade em que vivemos, hoje tendem a ser compreendidas como interpretações de uma realidade que não abrange a sua totalidade, constituindo referenciais para uma interpretação muito mais ampla que não conseguimos abraçar por completo. As verdades absolutas estão sendo questionadas em sua significação, e esses questionamentos podem ser definidos como reflexo do contexto histórico que os incentiva. A visão de Ilya Prigogine e sua teoria das estruturas dissipativas contribuem para um novo diálogo com a natureza, partindo da compreensão do desenvolvimento histórico da ciência, que é caracterizado por uma série de transformações nas concepções sobre a natureza. Relaciono, nesse sentido, o papel decisivo da educação como um todo, e do ensino de ciências, no enfrentamento dessas questões.
JACOBS, A. Liriane. Um novo diálogo com a natureza: Prigogine e Stengers e suas contribuições para um repensar na educação, Revista Faz Ciência, V. 4, nº 1, p. 87-102, 2002.
☭ TEXTO COMPLETO EM PDF ☭ Um novo diálogo com a natureza: Prigogine e Stengers e suas contribuições para um repensar na educação,
RESUMO
No decorrer do século XX, as investigações cientificas têm demonstrado novas visões sobre a natureza, que surgem num contexto caracterizado pelos crescentes questionamentos sobre os saberes humanos. Leis antes consideradas algo absoluto, imutável, afastado da realidade em que vivemos, hoje tendem a ser compreendidas como interpretações de uma realidade que não abrange a sua totalidade, constituindo referenciais para uma interpretação muito mais ampla que não conseguimos abraçar por completo. As verdades absolutas estão sendo questionadas em sua significação, e esses questionamentos podem ser definidos como reflexo do contexto histórico que os incentiva. A visão de Ilya Prigogine e sua teoria das estruturas dissipativas contribuem para um novo diálogo com a natureza, partindo da compreensão do desenvolvimento histórico da ciência, que é caracterizado por uma série de transformações nas concepções sobre a natureza. Relaciono, nesse sentido, o papel decisivo da educação como um todo, e do ensino de ciências, no enfrentamento dessas questões.
JACOBS, A. Liriane. Um novo diálogo com a natureza: Prigogine e Stengers e suas contribuições para um repensar na educação, Revista Faz Ciência, V. 4, nº 1, p. 87-102, 2002.
JACOBS, A. Liriane. Um novo diálogo com a natureza: Prigogine e Stengers e suas contribuições para um repensar na educação, Revista Faz Ciência, V. 4, nº 1, p. 87-102, 2002.
ENTRE O TEMPO E A ETERNIDADE
"Desde a sua origem, a física estava dividida pela oposição entre o tempo e a eternidade: entre o tempo irreversível das descrições fenomenológicas e a eternidade inteligível das leis que deviam permitir-nos a interpretação dessas descrições fenomenológicas. Atualmente, futuro e inteligibilidade já não se opõem, mas a questão da eternidade não abandonou a física. Antes pelo contrário, como veremos, ela ressurge a uma nova luz na possibilidade de uma eternidade incondicionada dessa seta do tempo que confere à nossa física a sua nova coerência" Ilya Prigogine
PRIGOGINE, Ilya. STENGERS, Isabelle. Entre o Tempo e a Eternidade, 1. ed. Lisboa: Gradiva, 1990, p. 23.
terça-feira, 8 de novembro de 2016
ESTRUTURAS DE EQUILÍBRIO
“As estruturas de equilíbrio resultam da compensação estatística da atividade da multidão de constituintes elementares. Elas são, portanto, desprovidas de atividade macroscópica, inertes a nível global. Num sentido, elas são igualmente imortais; uma vez formadas, podem ser isoladas e manter-se indefinidamente, sem ter mais necessidade de qualquer intercâmbio com o meio. Ora, quer examinemos uma célula ou uma cidade, a mesma constatação se impõe: não somente esses sistemas são abertos, como vivem de sua abertura, alimentam-se do fluxo de matéria e de energia que lhes vem do mundo exterior. Está excluído que uma cidade, ou uma célula viva, evolua para uma compensação mútua, um equilíbrio, entre os fluxos que entram e saem. Se assim o decidirmos, podemos isolar um cristal; mas a cidade e a célula, separadas do seu meio, morrem rapidamente, pois são partes integrantes do mundo que as nutre, constituem uma espécie de encarnação, local e singular, dos fluxos que elas não cessam de transformar. (...)” Ilya Prigogine e Isabelle Stengers
PRIGOGINE, Ilya. STENGERS, Isabelle. A nova aliança: a metamorfose da ciência. 1ª Ed. Brasília: editora unb, 1984, p. 101 e 102.
segunda-feira, 7 de novembro de 2016
INSTABILIDADES DE BÉNARD
“A instabilidade dita 'de Bénard' constitui um outro exemplo surpreendente em que a instabilidade do estado estacionário determina um fenômeno de auto-organização espontânea. A instabilidade é criada por um gradiente vertical de temperatura imposto a uma camada líquida horizontal: a sua superfície inferior é levada por aquecimento a uma temperatura determinada, mais elevada que a da sua superfície limite superior. A assimetria dessas condições aos limites determina um fluxo permanente de calor de baixo para cima. A partir de um valor limiar do gradiente imposto, o estado de repouso do fluido, o estado estacionário onde o calor é transportado por difusão, sem efeito de convecção, torna-se instável. Um fenômeno de convecção, de movimento coerente das moléculas do líquido, instaura-se, o qual acelera o transporte de calor e, para um mesmo valor da coerção (do gradiente), faz aumentar, portanto, a produção de entropia do sistema. (...) As células de Bénard constituem um primeiro tipo de estrutura dissipativa, cujo nome traduz a associação entre a ideia de ordem e a de desperdício, tendo sido escolhido de propósito para exprimir o fato fundamental novo: a dissipação de energia e de matéria – geralmente associada às ideias de perda de rendimento e de evolução para a desordem – torna-se, longe do equilíbrio, fonte de ordem; a dissipação está na origem do que se pode muito bem chamar de novos estados da matéria. (...)” ILYA PRIGOGINE
PRIGOGINE, Ilya., STENGERS, Isabelle. A Nova Aliança: metamorfose da ciência. Brasília: UnB, 1984, p. 113 e 114.
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quinta-feira, 3 de novembro de 2016
ORDEM POR FLUTUAÇÃO
"Hemos denominado 'ordem por fluctuaciones' al ordem generado por el estado de no equilibrio. Efectivamente, cuando, en vez de desaparecer, una fluctuación aumenta dentro de un sistema, más allá del umbral crítico de estabilidad, el sistema experimenta una transformación profunda, adopta un modo de funcionamiento completamente distinto, estructurado em el tiempo y en el espacio, funcionalmente organizado. Lo que entonces surge es un proceso de auto-organización, lo que hemos denominado 'estructura disipativa'. Podemos decir que la estructura disipativa es la fluctuación amplificada, gigante, estabilizada por las interacciones con el medio; contrariamente a las estructuras en equilibrio, como los cristales, la estructura disipativa sólo se mantiene por el hecho de que se nutre continuamente con un flujo de energia y de materia, por ser la sede de procesos disipativos permanentes." Ilya Prigogine
PRIGOGINE, Ilya. ¿Tan solo una ilusion? Una exploracion del caos al ordem, 2ª ed. Barcelona: Tusquets Editores, 1988, p. 88.
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CIÊNCIA COMO CONSTRUÇÃO HUMANA
"A ciência é obra humana, e não um destino implacável - uma obra que não pára de inventar o sentido da dupla imposição que a provoca e a fecunda, a herança da sua tradição e o mundo que ela interroga" Ilya Prigogine
PRIGOGINE, Ilya; STENGERS, Isabella. Entre o Tempo e a Eternidade. 1ª Ed. Lisboa: Gradiva, 1990, p. 25.
PRIGOGINE, Ilya; STENGERS, Isabella. Entre o Tempo e a Eternidade. 1ª Ed. Lisboa: Gradiva, 1990, p. 25.
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